O corpo da criança não é público
Nicole Gonçalves
2/21/20241 min read
O corpo da criança não é público
A criança não é um objeto que se compartilha entre as pessoas.
Por temer o constrangimento, podemos colocar as crianças em situações desagradáveis, como passar de colo em colo após o nascimento.
Ou, por exemplo, quando chegamos no jantar da família e aquela tia que beija, abraça, amassa e aperta a bochecha de forma invasiva está presente. Seu filho se recusa a cumprimentá-la. Você entende os motivos dele, afinal, também ficaria desconfortável se alguém lhe apertasse tanto assim. Mas apesar disso, você insiste. Ele o faz, sai chorando e fica aborrecido.
Quando não ouvimos quando a criança nos compartilha algo, estamos mostrando a ela que suas necessidades e desejos não são importante. Com isso, qual a chance do seu filho sinalizar para você que está desconfortável se ele prevê que você irá obrigá-lo a fazer de qualquer jeito?
É mais do que dar espaço para ouvir o que seu filho tem a dizer, é validar que aquilo é real e buscar desenvolver algumas estratégias. Inclusive, não descarte a possibilidade de estabelecer limites com seus familiares e/ou amigos.
Não cabe apenas a você e ao seu filho se adaptarem, as pessoas precisam reconhecer e respeitar os limites que colocamos na criação dos nossos pequenos.


